segunda-feira, setembro 17

Das férias:


Ora bom, correu tudo bem. Não houve doenças, não houve acidentes e o tempo esteve sempre ótimo!
Se descansámos?
Óbviamente que não! Que raio de pergunta é essa??
Com duas crianças pequenas, terminam as férias e cá em casa, os papás, iam de férias outra vez, só para descansar...
Diz que é suposto. Que é normal. Pois. Mas os dois primeiros dias foram o verdadeiro stress!
No avião, uma só queria ir em pé, agora cá pôr o cinto! Era o que faltava, ter que ir sentadinha e não poder espalhar o seu charme natural por toda a tripulação e por todos os (desgraçados dos) outros passageiros... vá de pessear, de mão dada com o Papá, até o próprio não poder mais...
E ele?
Ele queria ver as revistas todas, perguntava de 10 em 10 minutos se faltava muito para chegar e a partir de certa altura o sono tomou conta do pequeno e aí é que a desgraça foi total!
Depois de dois aviões, lá chegámos ao destino e cadê a mala?
Pois... no tapete do nosso avião não estava. Desilusão. Braços caídos. E agora? Ainda bem que pusémos os fatos de banho e alguma roupa na mala que levámos ao pé de nós. Já estávamos à procura do balcão dos perdidos e achados quando a vimos! Ali estava ela, sozinha, na passadeira das malas que vinham de Madrid! De outro vôo, mas era a nossa malinha! Intacta e sózinha, às voltas no tapete...
Segue-se o aluguer do carro que levámos daqui devidamente marcado.
Pois.
Uma hora de espera com ziliões de malta na fila e ... ya no tenemos el coche que has reservado... Ai não?! E então!? Então toma lá um de classe superior.
Ora bem!
Mais duas cadeirinhas e um depósito cheio.
Quatrocentas e cinquenta mocas. Logo ali. Ainda nem tínhamos saído do aeroporto.
Muito bem.
E eu a entreter e miudagem, com sono e, pior, com fome.
Uma hora de carro para o hotel.
Eles a dormir. Menos mal.
E o hotel?
Fantástico, sim senhor!
Uma hora de check in.
E agora vais àquele balcão e agora vens a este e assinas aqui e pagas ali.
Perdão?
Pagar? Já?!
Sim, neste hotel paga-se quando se chega.
E eu a entreter os miúdos.
Tudo bem.
Seja.
Queríamos então 4 toalhas por favor.
São quarenta euros.
Perdão!?
Sí, es una caución.
Caução os tomat***!!
Bom, adiante.
Quarenta euros depois, lá seguimos para o quarto.
Num 1º andar, com escadas e nós com as malas e o carrinho e o caneco!
Com janelas para os campos de ténis.
Desculpe mas não foi isto que nós reservámos.
Ah e tal, não sei se teremos disponíveis quartos com vista de mar, terão que pagar uma sobretaxa e blá blá blá.
Eu já nem os ouvia, confesso.
Duas noites e mais uns bons euros depois, lá nos instalámos no quarto com vista sobre o mar, maravilhoso, sempre a trinta graus (sério!) e entrámos no registo férias-com-miúdos-pequenos.
E foram dias muito bons, muita praia, muito castelo de areia, muita piscina, muita sesta (para eles, lá está...), muito passeio.
O saldo é francamente positivo, mas a história das férias-pós-férias é mesmo verdade.

Eu cá sou das que trabalho e ganho (e sobre isso até nem me apetece falar, ok!?) para as férias. E para comer, vá...





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