Aqui na empresa, conheci de perto a história de adopção de dois meninos.
A filha de uma colega não pode ter filhos e adoptou dois irmãos, um com 4 e uma menina com 2 anos.
No dia em que as crianças foram para casa foi uma emoção e todos por aqui andávamos curiosíssimos para conhecer de perto aqueles miúdos cuja sorte mudou as vidas para sempre.
No final da semana passada, a menina adoeceu. Entrou no hospital cheia de febre, a vomitar sem parar e com dores fortes na barriguinha.
Todos os dias eu pergunto à avó como evolui o estado da L. e todos os dias ela me diz que não há melhoras e que os pais estão muito angustiados.
Hoje a avó faz anos. Hoje de manhã vi um brilho diferente no olhar dela. Ontem à noite a bebé foi operada de urgência a uma peritonite que a salvou! Estava a fazer uma infecção grave, a febre não cedia, as dores não passavam... hoje já não tem febre. Quando soube estas notícias, os meus olhos encheram-se de lágrimas! Lágrimas de alegria e alívio. Eu consigo imaginar um bocadinho a angustia daqueles pais recentes, que num mês se apegaram à filha como eu me apeguei ao meu piolhinho e que estavam a vê-la partir sem poderem fazer nada..... eu imagino a alegria e o alívio dos pais agora que a menina está a recuperar e que vão poder voltar para casa para a encherem de miminhos e carinhos e, juntamente com o irmão, continuarem a (re)escrever a história da vida daquelas crianças que foram abandonadas pelos pais biológicos e que agora têm tanto ou mais amor que muitos filhos verdadeiros.
Uma salva de palmas a quem tem a coragem e a força para adoptar crianças. Um amor pleno e incondicional... depois de conhecer esta história de perto, alegro-me em pensamentos de que há crianças que nascem com azar, mas que com as voltas que a vida dá acabam por ter toda a sorte do mundo.....
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