Teoria VERSUS Prática

Muito se fala sobre o sono das crianças. Sobre o como são todas diferentes e como os pais devem fazer e não fazer para as educar em termos de óó.
O Vasco foi habituado a adormecer ao colo. Culpa minha. Até aos 7 ou 8 meses, embalava-o ao colo, ao som de uma cantiga que ainda hoje lhe canto às vezes. A partir daí, altura em que foi para o quarto dele e que deixou de mamar de noite, achei que estava na altura de o começar a habituar a adormecer sem ser ao colo. A estratégia era "conversarmos" um bocadinho na cama dos papás e a seguir, ainda acordado mas já "mais para lá do que para cá" ir para a caminha dele, no quarto dele. E ficava. E adormecia. Umas vezes mais depressa do que outras, muitas vezes tínhamos que lá ir relembrá-lo que era a hora do óó, e ele acabava por ficar, sem grandes estardalhaços....
Durante a noite nunca comeu. Quando acorda, ou com pesadelos ou com dores nos dentes, a mamã ou o papá vão lá algumas vezes, pôr a chucha, dar um miminho, tapá-lo, e ele acaba por ficar. Quando as choramingadelas ultrapassam o razoável (e o razoável podem ser 2 ou 10 vezes, consoante o cansaço dos papás), trazemo-lo para a nossa cama onde, normalmente, ele acaba por sossegar e nós acabamos por dormir.
Muito se escreve e opina sobre as crianças que dormem com os pais. O Vasco não Dorme Com Os Pais. Vai para a cama dos pais quando estes já não aguentam mais o cansaço e preferem tê-lo ali a dormir do que na cama dele desassossegado. É isto. Não me venham com teorias fantásticas porque cada criança é uma criança e os pais tentam gerir a coisa da melhor maneira para todos. Deixá-lo chorar? Nunca. Nunca ficou a chorar "A VER SE SE ACALMA"...Lá em casa, se mimar fosse crime, estaríamos presos. Pai e mãe presos por excesso de mimo. E eu era capaz de viver com esse cadastro. Era mesmo.