quinta-feira, abril 15

Amores e desamores

Tenho algumas amigas que vivem aquela situação típica de "...sou uma azarada, não consigo encontrar o homem certo, tenho sempre o olho apontado para a ramela...." e blá blá blá whiskas saquetas, blá blá blá whiskas saquetas.
Minhas amigas: o homem certo não existe! Mesmo, mesmo, mesmo. E há determinadas características que, quando se tem 20 anos são muitíssimo importantes, mas que quando se ultrapassa a barreira dos 25, vá, dos 30, deixam de pesar na cena da escolha. E a "escolha" é uma coisa que também não é assim tão linear! Eles não estão propriamente numa montra, tipo red light zone e nós andamos por lá, ah e tal, este é mto baixo, ah e tal, este tem risco ao meio, este tem borboto na camisola... Não é assim! As situações fazem os ladrões (hoje deu-me para isto, o que é que vou fazer?...) Sair, conviver, conhecer pessoas, ser sempre simpática com os demais, proporcionar momentos agradáveis, mesmo que seja só, por exemplo, quando se está a destruir papel no canto das fotocópias do escritório onde se trabalha! Ah, e já agora, não se tem que andar sempre nos trinques! As pessoas que não andam sempre nos trinques, não andam e pronto. São assim e há-de haver quem aprecie. Isto tudo para dizer que não há o homem ideal, o marido exemplar e o namorado prodígio. Não-há. O que há são os tais momentos, que convém serem alguns, vá, muitos, onde a felicidade dá as caras e os objectivos de vida se cruzam. Eu já passei por desgostos amorosos (quem não passou, Deus meu....?) e sobrevivi. E sobrevive-se sempre. Ninguém morre por amor. Sofre-se. Mas não se morre. E aprende-se. Muito. Bué, mesmo. E aquela cena da porta e da janela funciona. Oh se funciona! Fecha uma, toma lá outra escancarada!
Amiguinhas do meu coração: não andem à procura porque diz quem sabe que há sempre uma tampa para cada tacho. E mais cedo ou mais tarde tudo vai voltar a fazer sentido. E se sonharam com os pés quentinhos numa manta a dois no sofá, ela há-de aparecer, mesmo que seja em saldo. Desistir do amor é que não. Nunquinha.

4 comentários:

  1. Sobrevive-se sim senhora, e por se sofrer a seguir bem mais fortes ;) e comprovo que a cena da porta e janela são sem dúvida verdade, verdadinha. Life goes on!
    Jocas amorosas ;)

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  2. Muito apoiado e aprovado! Clap!! Clap!!Clap!! (som de palmas eh eh eh)
    Beijinhos nossos!

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  3. Teresa, respondo-te com:
    “Your heart just breaks, that's all. But you can't judge, or point fingers. You just have to be lucky enough to find someone who appreciates you.” Audrey Hepburn

    Eu encontrei a minha "metade" e acredito que todos temos uma. A minha estava mesmo ao lado e durante anos, não a vi!... A beleza está nos olhos de quem vê (bem, isto hj está um bocado pó lamechas, mas a culpa é toda tua!) só que por vezes, andamos nesta Vida meio despistados! ;)

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  4. olá teresa,
    concordo plenamente com as tuas palávras, não tirava nem punha!
    e com o tempo todas as camisolas ficam com borboto :)
    abraço grande

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