quarta-feira, maio 5

Amigos, amigas e essas coisas...

Ando para escrever sobre a Amizade há uns tempos. Mas depois passa-me. Mas como hoje fui almoçar com uns amigos e depois do almoço trocámos uns mails onde concluímos que gostamos mesmo muito uns dos outros, achei que era hoje o dia para me esticar neste tema.

Eu tenho muitos amigos. Muitos mesmo. Às centenas, posso arriscar. E depois fiquei com os amigos do papá que também são assim, às litradas. E não podia viver sem amigos.

Tenho-os de todos os géneros e feitios. Tenho duas melhores-amigas: uma dos tempos da escola pré-primária, com a qual nunca perdi o contacto, mais de 30 anos de amizade daquela bem robusta, bem definida, passámos por tudo juntas, os primeiros amores, os primeiros (e os outros...) desgostos, escrevíamos cartas uma à outra durante as férias de Verão, somos madrinhas de casamento uma da outra, eu sou madrinha de um dos filhos dela, enfim, como moramos perto, mantemos a proximidade e vemo-nos com bastante regularidade. A outra é dos tempos da faculdade: muitas festas, muita folia, muita cábula, também somos madrinhas uma da outra e também sou madrinha de uma das filhas dela. Estamos juntas, pelo menos, uma vez por mês e falamos muito regularmente por telefone ou e-mail.

Depois tenho amigos que ficaram dos tempos da faculdade, com quem almoço regularmente, como hoje, amigos dos empregos por onde tenho passado, e aí tenho verdadeiras pérolas da amizade... tenho amigos que vivem no estrangeiro, podemos estar anos sem nos vermos, mas os nossos encontros são sempre fabulosos.

Tenho e mantenho muitas amigas de infância, dos tempos da escola primária, outras que eram minhas vizinhas na rua onde os meus pais viveram. Com essas podem passar anos até, sem nos vermos, mas se nos cruzamos num supermercado, bastam dez minutos para actualizarmos a amizade meio adormecida. E é uma alegria. Rever velhos amigos. E mesmo desses eu sei de cor quando fazem anos, quando nasceram os filhos e quantos anos celebram uns e outros.

Tenho amigas que a dada altura se afastaram mas que regressaram, porque a vida assim o consentiu, tenho outras cuja amizade não faz sentido para muita gente porque me ligam a um período muito triste da minha vida. Mas se são minhas amigas é porque valem mesmo a pena. E é porque eu sei que sou importante para elas e elas são importantes para mim.

Eu acho que sou daquelas que trata bem os amigos. Porque os amigos são como os casamentos e as plantas. Se não forem regadas, morrem. E aquela velha máxima que diz que "Quem tem amigos tem tudo" é bem verdadeira. E filhos, vá. E um marido supimpa. E pai e mãe. E saúde. E um emprego. E já me estou é a rir, claro... isto é do sono... até amanhã se Deus quiser.

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