O que é que leva uma pessoa a decidir o que é que quer ser quando for grande?
A miúda que trabalha connosco aqui no escritório, aquela que fez 20 anos e que nunca tinha trabalhado até cá chegar e que é 5 estrelas em tudo o que faz, anda em stress sobre o que fazer com o futuro profissional.
Esta empresa é daquelas que se preocupa mesmo com as pessoas. Como tal, andam de volta da miúda para que ela se inscreva num curso superior que dê frutos no futuro e não apenas "mais um" só porque é em pós laboral. Parece-me que o raciocínio principal da garota passa por não deixar mais de trabalhar para retomar os estudos. E parece-me uma ideia muito ajuizada. No entanto, os cursos que ela anda a ponderar, são todos na área de secretariado e administração, ciencias sociais, e por aí... e fico com a sensação que os analisa por serem mais fáceis. Puro engano.
Hoje a responsável dos RH e um dos nossos Administradores apanharam-na a jeito e deram-lhe a verdadeira ensaboadela sobre a importância da formação profissional para efeitos futuros. A miúda ficou às aranhas e começa a perceber que, de facto, o que decidir agora pode alterar, e muito, o dia de amanhã......
Teresa, leio o seu blog já há uns tempos. Comentei desta vez porque as ideias saltitam-me aqui no cérebro a respeito de um assunto do seu post. Sucede o seguinte: de facto, em sentido lato, as pessoas encaram os cursos de ciências sociais como sendo de uma maior ligeireza e facilidade. No meu curso de sociologia também o fizeram (motivados, sobretudo, pelo facto de aquele curso ser a sua quarta ou quinta opção de escolha), mas acredite que isso é um resultado da atitude com que as pessoas encaram os cursos e não da sua própria falta de qualidade. Acima de tudo, o curso de sociologia ajudou-me a saber pensar, deu-me "mundo", espírito crítico e capacidade de analisar as interacções sociais. Não é, de todo!, um curso com elevada empregabilidade (pelo contrário...), e por isso sim pode tornar o dia de amanhã num dia particularmente difícil.
ResponderEliminarTatiana