segunda-feira, novembro 22

Os meus dias...


Hoje tive uma reunião daquelas giras, daquelas que estamos desertos que acabe só para vir contar a personagem que se nos calhou na rifa. Era um senhor, um homem, vá, pelos seus trinta e muitos, do povo. O verdadeiro homem do povo. Com as mãos gastas e os dentes sujos. Não sei se todos reparariam nisto, mas eu sou das que reparo, não há nada a fazer. Vinha queixar-se de defeitos na casa que prometeu comprar. E que só faz a escritura quando estiver tudo como ele quer. Porque é uma casa cara. Porque não quer outra, quer aquela. Porque andou atrás do construtor e porque sim. Terminava as frases todas com "... mas prontos!" e entregou-me um papel que dizia: "Vivenda nº1".
A lista de defeitos estava dividida por áreas, devidamente identificadas: no quarto havia um "Rópeiro" onde os "cavides" não cabiam; na casa de banho da "suiter" o "polivã" foi posto em acrílico quando na verdade deveria ser em loiça, os "batumes" têm que ser substituídos, e por aí adiante. A lista era extensa. E o senhor era muito engraçado.
No final chamou "Shô António" ao director que me acompanhou na reunião e eu fui sempre a "Mas oh Teresa, é Teresa, não é?"
Se as pessoas fossem todas assim era tudo tão mais simples...


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