Opiniões...

Hoje assisti a uma conversa, chamemos-lhe assim, entre um casal, na presença do filho de ambos e com um maranhal de gente ao pé, para quem quis ouvir.
Em plena Zara das Amoreiras.
Na caixa para pagar, a mãe apresentou 3 lotes de boxers de criança para pagar.
"São 23 euros e não-sei-quê, por favor"
Ora a mãe fica a olhar para o pai, o pai fica a olhar para a mãe e nenhum se chega à frente com, digamos, a carteira.
"Não me digas que também vou ter que pagar as cuecas do teu filho?!"
Epá, aquilo não era nada comigo mas eu engoli em seco.
O pai lá pegou na carteira, tirou o multibanco e, sem muita vontade, lá pagou.
E a mãe (que tinha aliança igual à do pai, embora pudessem, de facto, não ser casados um com o outro), olhava enjoada e quase que a ouvi sussurrar qualquer coisa como "Fogo, tudo eu, tudo eu..."
Bom, várias observações:
Primeiro, a que propósito é que se fazem este tipo de comentários, alto e bom som, na caixa de uma loja de roupa e não se estabelece, entre 4 paredes, quem paga o quê, já que, deu para perceber, por ali não havia cá conta conjunta, era o que faltava, cada um paga o seu, olha agora....
Depois, bolas, 23 euros e tal em cuecas, quando se põe em causa quem é que as paga, das duas uma: ou o miúdo deu o chamado "salto da Primavera" e passou a usar, de repente, um número de cuecas acima do habitual, ou estão a fazer stock para o caso de rebentar a terceira guerra mundial e assim asseguram-se que o miúdo, ao menos, tem roupa interior que chegue...
Terceiro, confesso que essa coisa de duas pessoas, duas bolsas, duas carteiras, não há cá nada em conjunto, me faz impressão.

Pelo menos no que a cuecas-dos-filhos diz respeito....