Rotinas

Nestes dias em que jantamos sem o pai, as rotinas alteram-se um bocadinho: mal chegamos a casa, em vez de começarmos pelo banho, preparo o jantar mais rápido que me ocorre. 

Hoje foram ovos mexidos, que eles adoram e quase nunca comem..., com um resto de massa que tinha sobrado e que foi só aquecer, canja para ele, sopa de legumes para ela, pão fresco, pêra e banana. Eu vou petiscando aqui e ali, aumento a dose da sopa e já está. 

Subimos logo, duches rápidos por causa da barriga, diz ele, dentes, xixi, cama da mãe.

Todos. 

Vamos embora!

Livros. Ele quer uns, ela quer outros.

Leio todos.

Cócegas.

Cantigas.

A mãe no meio, uma mão nele, uma mão nela.

Cinco minutos e já está.

E eu fico ali, a vê-los dormir, de sorriso parvo na cara, antes de os deitar nas camas respetivas.

Depois é ver-me agarrada a uma tosta de queijo derretido e quentinha, enquanto tenho uma sopa nova ao lume... e a roupa, Teresa, quem estende?

Ai eu...