terça-feira, janeiro 21

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Acordar antes das seis.
Sair de Casa antes das sete.
Entrar no hospital e ficar tudo pronto antes das oito.
Vieram buscá-lo antes das nove.
Levei-o até ao elevador e depois vim a Casa. Tinha-me esquecido de levar o meu livro, ainda arrumei umas coisas e pus a mesa para o jantar.
De regresso ao hospital, pelas 10h, já a operação decorria.
Esperar.
Comi uma sandes e um sumo. Ah, e um café.
Às 11h terminou. Correu bem. Já está no recobro.
Meio dia e meia sobe para o quarto.
Ensonado, sem dores, mas ainda sem sentir o corpo todo.
Não consegue dormir nem tem fome.
Ai não?! Então dá cá o almoço que aqui a mamã papa tudo: frango assado com arroz e legumes. Ananás.
Outro café.
Sigo para o escritório para uma reunião inadiável que começou sem mim.
Saio da reunião uma meia dúzia de vezes para atender o telefone: assuntos paralelos e a minha mãe que estava no supermercado e queria saber quais os chocolates preferidos de Dom Marido para lhe levar.
Ainda a reunião não tinha terminado, pelas cinco, rumo a Casa para buscar filhos.
Filhos entusiasmados por irem visitar o Dom Papá.
40 minutos de trânsito. Toma lá.
Seis e meia.
Ver o dói-dói do pai quinhentas vezes.
Saltinhos, beijinhos, mãos lavadas, xixi's para o caminho.
Sete horas.
Uma hora de regresso a Casa!
Uma hora, senhores! Uma hora!
Oito horas.
Tudo sentado à mesa, sopa e almondegas que a Santa da Senhora Minha Mãe me enviou, ainda quentes, com esparguete.
Engoliram tudo num abrir e fechar de olhos, tal não era a fome dos bichos.
E eu então, nem se fala!
Pelo meio, dois telefonemas para saber do Pai.
Cozinha arrumda, máquina a lavar.
Para cima, banhos rápidos.
Com brinquedos, pois claro.
Cabelos molhados, todos na cama da mãe.
Nove horas.
Leitinho para ela, história para ele.
Ele ressona desde as nove e meia.
Ela sossegou pouco depois.
ainda devia ir programar a máquina da roupa e fazer sopa, mas já não sinto forças para isso...
Parece que me passou um camião por cima.
Andei todo o dia com o coração do tamanho de uma ervilha e agora vou dormir.
Correu tudo bem, mas há coisas por resolver e isso não me vai deixar descansar como merecia.
Para amanhã, nova maratona.
Mas eu consigo.

(suspiro)


1 comentário:

  1. Rápidas melhoras.
    Pensamento positivo e tudo corre melhor.
    Família Benfiquista

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