terça-feira, setembro 30


Hoje tive uma bela tarde (NOT!!) de 3 horas inteirinhas fechada num cartório numa escritura que tinha tudo para ser trigo-limpo-farinha-amparo mas que correu muito mal porque as finanças deste nosso país à beira mar plantado continuam a ter exigências e procedimentos estapafúrdios que encrencam qualquer negócio simples. Mas adiante.
Lá passei a tarde inteirinha e quando se passa a tarde inteirinha com as mesmas pessoas, inevitavelmente se fala da família e dos filhos e blá blá blá.... e hoje não foi exceção.
Um casal de meia idade, com uma filha adolescente, das que [pelo menos do ponto de vista dos pais] se porta bem, donos de um restaurante que fizeram crescer a pulso, sozinhos... o que me fascinou foi o carinho e a cumplicidade com que trataram de tudo e com que falavam do "seu negócio"... humildes, pouco esclarecidos, mas amorosos e cheios de garra e pujança para enfrentar esta (maldita) crise que não tem fim.
Quando se acredita num sonho, seja ele qual for, ele acaba por concretizar-se e o sabor da vitória, em família, é tão melhor...
Vim de coração cheio para enfrentar as birras de final de dia destes dois, mas que hoje até se portaram bem, comeram os dois sozinhos, sem dramas, adormeceram cedinho, sem gritos nem choros.

Ainda assim, Papá, volta depressa, vá lá ...


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