sábado, maio 5

O meu bairro


O meu bairro é muito típico. Diria castiço, mesmo.
Tem muitas coisas boas e outras, obviamente, menos boas.
As vizinhas são quase todas velhotas, queridas, simpáticas, cuscas (ora pois) e adoram os meus filhos.
São quase outras avós para eles, ou tias-avós, vá.
Hoje de manhã, aproveitando uns maravilhosos raios de sol que espreitavam, lavei e estendi roupa no jardim. Enquanto estendia a roupa inspirava o aroma maravilhoso do detergente e do amaciador, mas eis que, de repente, outros cheiros se me misturaram também narinas adentro: a Sra. D. Judite, a minha vizinha-porta-com-porta, estava a assar sardinhas!
Sar-di-nhas!
O que eu o-dei-o sardinhas, senhores!
E o cheiro?!
Ai o cheiro...
E pronto. Aí está uma coisa péssima de ter uma vizinha-porta-com-porta que assa peixe ao mesmo tempo que eu estendo roupa cheirosinha e que, embora me ofereça rissóis e croquetes congelados, feitos por ela, há dias em que faz com que a abomine, tal é o horror que eu tenho ao cheiro da sardinha na minha roupinha lavada e estendida ao sol.

(suspiro)

1 comentário:

  1. Eu tenho esse problema, não das sardinhas que adoro, mas dos churrascos do vizinho debaixo que adora pôr aquela treta mm por baixo da janela onde tenho a roupa a secar... ao menos avisa-se caraças!!

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