terça-feira, novembro 13

Ao telefone, a caminho do aeroporto, 2h (apenas) antes do vôo:


- "Então pronto, eu vou buscar-vos ao aeroporto, às sete e um quarto.
- Não é às sete e um quarto, é às sete e meia...
- Olha que eu estou aqui a ver no site e o único vôo que chega a Lisboa por esse aeroporto é às sete e um quarto!
- Mas não é esse aeroporto, é o outro! Bom... nós vamos verificar, já falamos..."

A partir deste momento, tiveram lugar as duas horas mais longas e stressantes da minha vida!
E agora???
Uns ingleses no banco do lado, de Iphone em punho, there's one way: saem na próxima estação, o combóio que vos levará ao outro aeroporto passa nessa estação dois minutos depois.
Passam a ponte, não terão tempo para comprar bilhete, corram quando lá chegarem e pode ser que consigam, mas vão precisar de sorte!...
E assim foi, saímos a correr, corremos pela ponte aérea, não comprámos bilhete, o outro combóio passou 2 minutos depois, e levou uma hora e meia a chegar ao destino: o aeroporto onde o nosso vôo nos traria de volta a casa.
Faltava meia hora para o avião levantar vôo.
De Cartão de Embarque em punho, a corrida prosseguia.
Em Londres, à saída do metro e do combóio, existem torniquetes onde se fazem passar os bilhetes comprados que correspondem à viagem anterior.
Depois de uma corrida veloz à saída do combóio, os torniquetes, obviamente, não abriram porque os nossos bilhetes não correspondiam à viagem que havíamos feito.
"Excuse me... trocámos de combóio... não temos tempo... vamos perder o avião... please..."
E o Mister-Pica-do-Aeroporto-à-saída-do-combóio abriu os nossos torniquetes.
Gente boa, ele...
Mais uma corrida e segundos antes das portas do shuttle fecharem, entrámos.
Claro que o nosso terminal era o mais a norte possível.
A Lei de Murphy em bicos dos pés. Típico...
A seguir, mais uma corrida. Com duas malas e um saco de compras.
Fila para as apalpadelas.
Mais essa...
"Our plane is about to take off... would you please...?" e lá nos deixaram passar à frente da malta toda.
Aqui a mamã, toca a despir, para acelerar a coisa: botas, cinto, brincos.
Passei.
Não apitou.
Boa!
O papá foi apalpado até mais não, e agora tira moedas dos bolsos, e a seguir descalça os sapatos, agora acho que tem qualquer coisa no pescoço, ai não, deve ser do relógio...
Uma senhora de cabelo azul avisou-me "They're taking your bag!"
E eu, descalça e de meias às bolinhas, atrás da senhora agente, "Is there any problem with my bag?"
Um doce. Uma porcaria de um frasco de doce que comprámos para oferecer e que, claro, não podia ir.
E não foi.
"Deixe, deixe. You can keep it!"
E agora, para além das duas malas e do saco remexido, casacos, cinto, telemóveis, tudo pendurado e nova corrida.
E os minutos a passar.
E o Gate era o último, depois de muitas escadas e passadeiras rolantes.
Escorríamos suor!
Dois minutos antes da hora, finalmente, chegámos.
Fomos as últimas duas pessoas a entrar no avião.
Mas entrámos.
E chegámos para abraçar os nossos amores.
Exaustos.
Mortos.
Mas a tempo!

Ufa!


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